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Episódios

Sentir na própria pele

SENTIR NA PRÓPRIA PELE Uma determinada ONG alemã apresentou, de forma inusitada, um excelente exemplo de marketing social. Em alguns cinemas da Alemanha, o público entrava para assistir aos filmes e se deparava com diversos cobertores dobrados, colocados um em cada poltrona. Nada foi dito ou explicado e, conforme os primeiros anúncios e trailers iam passando, a sala começava a esfriar, chegando a temperaturas baixíssimas, similares às das madrugadas de inverno naquela região. Então, subitamente, uma mensagem começava a aparecer, mostrando moradores de rua em muita dificuldade, assim como seus próprios relatos narrando os problemas causados pelo frio intenso. Ao final da mensagem, um deles, inclusive, em tom de bom humor, dizia para que não incomodassem mais as pessoas no cinema e as deixassem assistir a seus filmes. A campanha finalizava avisando às pessoas que, em cada cobertor que receberam, havia um código, que poderiam ler com seus celulares, e efetuar uma doação espontânea para ajudar os moradores de rua, os sem teto. O resultado foi surpreendente. Após realizarem a experiência em diversas salas de cinema de todo o país, computaram um retorno de noventa e cinco por cento, isto é, noventa e cinco por cento das pessoas que estiveram nessas salas de cinema se comoveram e fizeram doações. * * * A interessante experiência revela que ainda precisamos sentir na própria pele para que desenvolvamos a verdadeira empatia para com o outro. Colocar-se no lugar do outro é fundamental para que possamos entender a situação do nosso próximo e ajudá-lo sem ressalvas e sem medo. Deus e Sua providência, nos processos das vidas sucessivas, nos coloca em tais situações, para que aprendamos a enxergar a vida, as pessoas, estando do outro lado. Assim, renascemos, muitas vezes, em condições opostas às que antes tínhamos no planeta, como por exemplo, tendo que lidar com a miséria material, muitos de nós que, em existência anterior, tivemos tudo e nem sequer olhamos para os lados para encontrar o próximo necessitado. Em países, onde ainda se vive a realidade de castas, de segregações de raças etc, aqueles que detinham o poder, que viviam privilégios, renascem por vezes entre os subjugados; tanto quanto os que antes ocupavam posições de inferioridade, retornam como ricos, como poderosos – quando necessário. Essas variações, essas mudanças de lado se fazem necessárias para que alarguemos nossos horizontes e enxerguemos a vida de forma diferente, com menos egoísmo, com menos orgulho. Costumamos dizer que só quem passou por esta ou aquela situação sabe como é estar lá. Porém, podemos desenvolver em nós esse costume, essa prática saudável de nos colocarmos no lugar do outro, buscando estar em seu sentimento e, assim, compreendê-lo melhor em todas as situações. Seremos mais indulgentes e, por consequência natural, mais caridosos com nosso próximo. A empatia nos tira da indiferença, da estagnação, desse como que sono profundo onde ainda estamos todos nós que insistimos em enxergar apenas nosso próprio umbigo. Pensemos no outro. Sintamo-nos como o outro. Ajudemos. Redação do Pense Nisso. Em 28.10.2013.

02/01/2021 06:45 | DURAÇÃO 4:39

E já é Ano Novo, outra vez

E já é Ano Novo, outra vez Quando chega, é sempre pleno de esperanças. Espera-se o Ano Novo para começar vida nova, para estabelecer novas metas de vida, propósitos renovados para tantas coisas... É comum as pessoas elaborarem suas listas de bons propósitos para o novo ano. Mesmo sabendo que o tempo somente existe em função dos movimentos estabelecidos pelo planeta em que nos encontramos, é interessante essa movimentação individual, toda vez que o novoperíodo convencional de um ano reinicia. Mas, falando de lista de bons propósitos, já se deu conta que, quase sempre, esquecemos o que listamos? Alguns até esquecemos onde guardamos a tal lista, o que atesta da pouca disposição em perseguir os itens elencados. Ano Novo deve ter um significado especial. Embora o tempo seja sempre o mesmo, essa convenção se reveste de importância na medida em que, nos condicionando ao início de uma etapa diferente, renovada, sintamo-nos emulados a uma renovação. Renovação de hábitos, de atitudes, como estar mais com a família, reorganizando as horas do trabalho profissional. Importar-se mais com os filhos, lembrando-se de não somente indagar se já fizeram a lição, mas participar, olhando, lendo as observações feitas pelos professores nos cadernos, interessando-se pelos conteúdos disciplinares. Sair mais com as crianças, não somente para passeios como a praia, a viagem de férias. Mas, no dia a dia, um momento para um lanche e uma conversa, uma saída para deliciar-se com um sorvete. Outros, para só ficar olhando a carinha lambuzada de chocolate, literalmente afundando-se na taça de sorvete. Outros, mais longos, para acompanhar o passo vacilante de quem está aprendendo a andar. Uma tarde para um papo com os que já estão preparando a mochila para se retirar do cenário desta vida, quem sabe, nos próximos meses? Isto é viver Ano Novo. Sair com amigos, abraçar amigos, sorrir pelo simples prazer de sorrir. Trocar e-mails afetuosos, não somente os corriqueiros que envolvam decisões e finanças. Usar o telefone para dar um olá, desejar boa viagem, feliz aniversário! Bom, você também pode fazer propósitos de comer menos doces ou diminuir os carboidratos da sua dieta, visando melhor condição de vida ou simplesmente adequar seu peso. Também pode pensar em mudar o visual. Quem sabe modificar o corte de cabelo, tentar pentear para outro lado, fazer uma visita ao dentista. E é claro, um bom check-up. Porque cuidar da saúde é essencial. Bom mesmo é não esquecer de formular propósitos para sua alma. Assim, acrescente na lista: estudar mais, ler mais, entender mais o outro, devotar-se a um trabalho voluntário, servir a alguém com alegria e bom ânimo. Com certeza, cada um terá outros muitos itens a serem acrescentados à lista. Até mesmo coisas simples como alterar os roteiros de idas e vindas do trabalho-lar-escola. Ou coisas mais complicadas, como se dispor a pensar um pouco no outro e não exclusivamente em si, no relacionamento a dois. Imprescindível, no entanto, é que você coloque a lista à vista, para olhar muitas vezes, durante todo o novo ano. Importante que se lembre de lê-la, para ir acompanhando o que já conseguiu e onde ou em que ainda precisa investir mais, insistindo, até a vitória. Seja este Ano Novo o ano de concretas realizações na sua vida! A todos que estiveram ao nosso lado em 2014, agradecemos e renovamos, a nossa amizade para 2015. Que seja um ano bem “Easy” para todos nós. Redação do Pense Nisso. Em 24.12.2014.

01/01/2021 06:45 | DURAÇÃO 4:31

Mais um ano...

Mais um ano... As alvoradas do novo ano se anunciam. Passou o Natal e agora se aguarda a festividade da virada do ano. Um ano se vai. Outro inicia. É tempo de reflexão. Que fizemos durante esses 365 dias que se esgotaram no calendário terrestre? Trabalhamos muito? Mas nosso trabalho teve como objetivo somente ganhar dinheiro ou promovemos algo de verdadeiramente bom para alguém, para a comunidade? Trabalhamos até à exaustão, sem tempo para a família, os amigos, o lazer refazente? Contribuímos para alfabetizar uma criança, um jovem, um adulto? Aderimos a campanhas de promoção da vida e da dignidade humana? Fizemos a diferença no mundo? O que fizemos, afinal? O que foi diferente para nós, no ano que passou? Simplesmente reprisamos os feitos dos meses anteriores ou as promessas escritas na mente e no coração foram colocadas em prática? Será que a esperança com que aguardamos o novo ano será de tão pouca duração quanto foi a do ano que morre? Pensemos um pouco e valorizemos mais o nosso tempo. Somos passageiros em um mundo de formas que todo dia sofre mudanças e nos pede mudanças. Mudanças de comportamento, aprendizados de técnicas, readequação a cargos, funções. E, intimamente, como estamos? Quanto crescemos? * * * É tempo de renovação. Não deixemos que o ano novo seja simplesmente um evento assinalado no calendário, uma convenção humana para demarcar o tempo. Pensemos que o tempo é tesouro em nossas mãos e nos compete utilizá-lo com sabedoria. Assim, ante a expectativa dos 365 dias que se espreguiçam na aurora dos meses à frente, façamos propósitos de viver melhor, de crescer em intelecto e moral. Na planilha de nossa mente estabeleçamos diretrizes e metas para esses dias sorridentes que nos aguardam. Momentos para estar com os amores. Momentos para abraçar, sorrir, brincar. Horas de estudo, aprendizado, crescimento intelectual. Um novo curso, uma especialização, um mestrado, um doutorado. Ou apenas aprender a ler, dominando as letras. Momentos para leitura de livros que chegarão ao mercado livreiro, interessantes e oportunos. Momentos para releitura de obras antigas, que nos merecem o folhear de suas páginas, uma vez mais. Ilustração da mente. Reflorescimento de ideias. Renovação de atitudes. Menos preguiça, mais ação. Utilizar melhor a tecnologia para conservar amigos e reconstruir pontes afetivas. Ano novo! Quantas promessas. Absorvamos as alegrias que nos motivam a comemorar a chegada do novo ano e as mantenhamos conosco nos dias a viver. Abriguemos a esperança que se exterioriza em todos os sorrisos e a tenhamos conosco, durante os meses vindouros. Projetemos um ideal de vida e o persigamos para que, quando o novo ano se for, gasto, vivido, possamos olhar para trás e, sem remorso, afirmar: Foi um bom ano! Cresci muito: amei, trabalhei, estudei, vivi! Pensemos nisso! Redação do Pense Nisso. Em 22.12.2014.

31/12/2020 06:45 | DURAÇÃO 4:19

Tempo e oportunidade

Tempo e oportunidade Troca-se um relógio com tempo rápido, por um relógio de horas longas. Para olhar a natureza, e apreciar os pássaros. Troca-se um dia apavorado, preso, rápido, por um dia solto, leve e comprido. Para brincar e aproveitar a vida. * * * O poema singelo é de uma jovem estudante, de alguém que, mesmo em tenra idade, descobriu que o tempo é um dos bens mais preciosos que temos. Nenhum dia é igual ao outro na natureza. Eles não se repetem, são únicos. O homem é que os torna iguais, repetitivos, cansativos, quando simplesmente se esquece de dirigir a sua vida e permite que a vida o carregue. É certo que o mundo moderno nos exige muito para acompanhá-lo, para estar em sintonia com tudo de novo que surge, mas poderíamos questionar: precisamos realmente de tudo isso? Precisamos deixar que o trabalho nos escravize, que ocupe grande parte de nosso tempo, de nossas forças? Precisamos estar sempre pensando na competição, em ser melhores do que os outros, em estar na frente das outras ideias, em estar sempre na vanguarda de tudo? Será preciso acompanhar os modismos, as novidades das mídias, para nos sentirmos bem? Se fizermos uma análise profunda, veremos que não, que não precisamos de muito do que temos, de muito do que dizem que devemos ter para construir uma vida agradável e feliz. Para quem raciocina que tempo é dinheiro, talvez olhar a natureza seja perda de tempo, mas para quem já aprendeu a ver que tempo é oportunidade, descobrirá que apreciar os pássaros, passar mais tempo com a família, ouvir uma boa música, ler um bom livro, são oportunidades da vida bem aproveitadas. Um pai, ou uma mãe que tomem a resolução de abrir mão de um sucesso maior na profissão, por acreditarem que necessitam estar mais próximos dos filhos, com certeza se sentirão mais realizados do que aqueles que lutam incansavelmente para dar tudo à família, e esquecem que a sua presença, a sua atenção, o seu tempo, é o que de mais valioso podem dar a eles. Esta existência é uma oportunidade única, e é chegado o momento de despertar para os verdadeiros objetivos que devemos ter aqui. É chegado o instante de redescobrir o tempo e a sua utilidade. * * * Que tal pensarmos: quando foi a última vez que dedicamos o dia para estar com os nossos afetos? Quando foi a última vez que conseguimos nos desligar dos problemas profissionais, para nos ocuparmos com atividades filantrópicas? Quando foi a última vez que paramos para ouvir, de corpo e alma uma música, deixando-nos penetrar pela harmonia? Quando foi a última vez que lemos um livro nobre, uma página edificante? Quando foi a última vez que lembramos que somos um Espírito imortal, e que nada levaremos deste mundo além das nossas conquistas morais? Pensemos nisso. Redação do Pense Nisso, com base em poema de Aline Bescrovaine Pereira, da coletânea Palavra viva, do Colégio Positivo, ano 1998. Em 24.5.2013.

30/12/2020 06:45 | DURAÇÃO 3:58

Superstições

SUPERSTIÇÕES O que você faz quando um gato preto lhe atravessa o caminho? E se derramar sal, sem querer? Você acredita que plantas, como arruda e guiné, são segura proteção ao mal? É interessante observar como no Século de tanta tecnologia, em que o homem conquistou a lua, envia naves para investigar o Cosmo, ainda se entretém com coisas da ignorância. É comum visitar-se um doente e encontrar debaixo da cama tesouras abertas, carvões acesos. Na era em que a medicina realiza extraordinárias cirurgias, devassando a intimidade do ser humano, ainda mesmo antes dele nascer. Os supersticiosos são almas infantis. Preferem o temor ao amor, sufocam a esperança na desconfiança. Ao invés de combater os inimigos de dentro, acreditam ser mais fácil se utilizar de subterfúgios. Para o sucesso, a cor certa, o amuleto devido. Há os que falam em começar o dia com o pé direito. Oxalá Deus nos permita dispor dos dois - o que nos facilita a locomoção, não é mesmo? Os que se deixam enlear pelas superstições acabam vítimas de enganadores da Terra , que os exploram. Basta lembrar das inúmeras cestinhas da fortuna à venda, dos gnomos da sorte, das bruxinhas, das flores exóticas ou populares para atraírem isso ou aquilo. Também se tornam excessivamente preocupados, infelicitando-se. Não se torne vitima de pessoas que se dizem revestidas de poderes mágicos.Se busca o êxito nos seus empreendimentos, esforça-se no estudo e no trabalho, caminhos que o conduzem ao progresso, sem dúvida. As superstições e os supersticiosos são heranças da insensatez e do obscurantismo. É próprio do homem que prefere a treva à luz, o sofrimento ao amor, a piedade ao respeito. Os que apregoam amuletos e fórmulas mágicas são criaturas que ainda se mantém presas ao pretérito da Humanidade. Ninguém conceberia chamar Deus a um homem somente porque descesse de um avião. Não se pode conceber que uma fita, uma planta, uma estátua possa nos modificar a vida. Seria jogar por terra conquistas intelectuais e morais já realizadas. Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará. A frase foi dita tem mais de vinte séculos. Continua atual. O convite persiste. Vamos ler e nos instruir? Vamos movimentar nossas energias mentais nos pensamentos positivos? Bertrand Russel, filosofo, matemático e Nobel de literatura disse uma vez: “ há algo débil e um pouco desprezível no homem que não consegue encarar as adversidades da vida sem a ajuda de mitos confortantes”. Pense nisso e libertar-se. Pensa em prosperidade, abundância, mas não só de valores materiais, e sim, dos demais bens , que são essenciais para uma vida de qualidade. Pensa e viverás consoante a onda mental que emitires. Redação do Pense Nisso, com base nos pensamentos do filosofo inglês Bertrand Russel. Em 07.01.2014

29/12/2020 06:45 | DURAÇÃO 3:47

Relacionamento Familiar

RELACIONAMENTO FAMILIAR O maior problema no relacionamento familiar é que cada um acredita que a razão lhe pertence. A esposa reclama porque o marido acredita que é doutor em tudo. Está sempre certo. Não admite que ninguém lhe diga que está errado. O marido, por sua vez, fala que a mulher é muito impertinente. Gosta de confusão. Faz tempestade em copo d’água. O filho reclama que os pais estão totalmente por fora do mundo e querem governar a sua vida. Talvez falte um pouco de amor para iluminar o relacionamento afetivo e nos inspirar maneiras de convivermos com menos egoísmo. Conta o escritor Tom Anderson que, certa vez, ouviu alguém afirmar que o amor deve ser exercitado como um ato da vontade. Uma pessoa pode demonstrar amor através de gestos simples. Impressionou-se com o que ouviu. Reconheceu-se egoísta e que havia se tornado insensível ao amor familiar. Ficou imaginando que poderia melhorar o relacionamento afetivo se deixasse de criticar tanto a esposa e os filhos. Se não ligasse a televisão somente no canal de seu interesse. Se deixasse de se concentrar na leitura do jornal e desse um pouco de atenção aos familiares. Durante as férias de duas semanas, em que estavam juntos na praia, decidiu ser um marido e pai carinhoso. No primeiro dia, beijou a esposa e falou como ela estava bem, vestindo aquele suéter amarelo. Você reparou! – Falou, admirada. Logo que chegaram à praia, Tom pensou em descansar. Mas a esposa o convidou para dar um passeio, junto ao mar. Ia recusar, mas lembrou da promessa que fizera a si mesmo, por isso foi com ela. No outro dia, a esposa o convidou a visitar um museu de conchas. Ele detestava museus, mas foi. Numa das noites, não reclamou quando a esposa demorou demais para se arrumar e eles chegaram atrasados a um jantar. E assim se passaram doze dias. As férias estavam por terminar. Entretanto, Tom fizera a promessa de continuar com aquela disposição de expressar amor. Foi então que ele surpreendeu a esposa muito triste. Porque lhe perguntasse o motivo, ela lhe indagou: Você sabe de alguma coisa que eu não sei? Por que pergunta? Disse o marido. Bem, é que eu fiz aqueles exames rotineiros há algumas semanas. Segundo me disse o médico, estava tudo bem. Mas, por acaso ele disse alguma coisa diferente para você? Não, afirmou Tom. Claro que não. Por que deveria? É que você, respondeu a esposa, está sendo tão bom para mim que imaginei estar com uma doença grave, que iria morrer. Não, querida, tornou a falar Tom, sorrindo, você não está morrendo. Eu é que estou começando a viver. * * * Ao admitir que não somos infalíveis, nos habilitamos a iniciativas maravilhosas que põem água na fervura dos desentendimentos. Existem expressões mágicas em favor da harmonia doméstica: Cometi um erro. Você tem razão. Peço perdão. Fui indelicado. Prometo mudar. Que tal começar hoje mesmo a tentar utilizar uma dessas expressões a favor da paz em nosso lar? Redação do Pense Nisso, com base no cap. Livre- nos Deus, do livro A presença de Deus, de Richard Simonetti, ed. Gráfica São João. Em 7.8.2013.

28/12/2020 06:45 | DURAÇÃO 4:00

Melindres e Melindres

Melindres e Melindres Melindre tem várias definições. Pode ser definido como amabilidade, delicadeza no trato, recato, pudor. No entanto, é quase certo que ao ser utilizado pelas pessoas, o conceito que expressa é de facilidade de se magoar, de se ofender, suscetibilidade. Nesse sentido, tem sido comum a sua invocação, nas relações humanas. As menores atitudes de um funcionário, de um amigo recebem a adjetivação imediata: -“Como você é melindroso!!!” Por isso, amizades se diluem, desentendimentos acontecem, duplicando mágoas de um e de outro lado. Nas várias facetas das nossas relações, melindre tem sido utilizado para justificar defecções, traições, desajustes e quebra moral de contratos de amizades, casamentos e empregos. Que ele existe, é verdade. Mas que as pessoas se dão, por vezes, um valor maior do que verdadeiramente possuem e aguardam tratamento especial, também é verdade. No entanto, um outro lado da questão se apresenta e tem sido esquecido, quase sempre. Se melindre é a manifestação do orgulho ferido, não menos verdade que cresce, entre as criaturas, muita falta de tato, delicadeza e gentileza. Em nome de uma falsa caridade, de expressar a verdade, amigos e companheiros de trabalho se permitem lançar ao rosto do outro tudo que pensam. E não medem palavras nas suas expressões. É como se tomassem de pedras e as jogassem, sem piedade. E o que esperam é que o outro aceite tudo. Quando o agredido se insurge, quando toma uma atitude, quando fala de respeito, é tomado como aquele que se melindra. Contudo, em nenhum momento o agressor, aquele que foi indelicado e feroz, se desculpa. Não, ele está certo. O outro é que é portador de muito orgulho. Nesse diapasão, vidas honradas de trabalho têm sido literalmente jogadas no lixo. Servidores de anos têm tido seus esforços depreciados, como se fossem coisa alguma. E o que critica maldosamente, o que aponta os erros mínimos é o herói, a pessoa correta. Refaçamos os passos enquanto é tempo. Antes de destruirmos valores afetivos preciosos. Antes de atacarmos instituições centenárias com folha irrepreensível de dedicação e serviço à comunidade. Examinemos quantas vezes a culpa nos compete. Quantas vezes teremos sido nós os provocadores do afastamento de pessoas de nosso convívio. Ou da instituição a que prestamos serviço. Da nossa família, da nossa esfera de amizades. Recordamos que, certa vez, em reunião de trabalho, um voluntário interrompeu de forma agressiva a fala do coordenador. Reclamou e reclamou, ferindo e humilhando-o frente aos demais. O ferido se calou, dolorido. Depois de alguns dias, procurou o agressor em particular. A sós com ele, expressou a sua mágoa, com o sincero objetivo de modificar a emoção ferida e apaziguar seu mundo íntimo. O interlocutor, em vez de reconhecer a indelicadeza, reverteu a situação e deu o diagnóstico impiedoso: não houvera agressão de sua parte. O outro é que se melindrara. Pensemos nisso. Será que a constatação quase diária de melindre nos outros não se tornou uma válvula de escape para nós? Uma desculpa para a nossa rispidez cotidiana, o nosso relaxamento no trato com o semelhante? * * * Quem se melindra, deve trabalhar para se tornar menos suscetível. Mas quem provoca o melindre não pode se esquecer da lei de caridade, da afabilidade e da doçura preconizados no livro sagrado do cristianismo: Bem-aventurados os mansos e pacíficos. Redação do Pense Nisso com base em fato narrado no artigo O problema do melindre, de André Marcílio Carvalho de Azevedo, Em 12.08.2016.

26/12/2020 06:45 | DURAÇÃO 4:48

O Aniversariante

O Aniversariante Aquela família se reunia na véspera de Natal, na entrada da noite. Assim procedia porque, em seguida, os filhos e netos compartilhariam com os outros avós, a ceia natalina. Nada mais do que um acordo amigável. A família contava com quatro pequeninos muito espertos, que não deixavam as guloseimas do Natal esperando. O ponto alto era o bolo, feito pelas mãos da avó, com várias camadas e muito bem decorado. Ela o trazia para a sala, colocava-o sobre a mesa e falava do significado daquela noite. Uma noite de festa. Uma noite para comemorar um Aniversário muito importante. O Aniversário de Alguém especial. Entre a emoção e o entusiasmo, a avó narrava como se dera o nascimento do Aniversariante, alguns detalhes da Sua vida e Seus ensinamentos. Chegava, enfim, o momento de todos cantarem Parabéns a você. Era uma alegria imensa para as crianças. Cada qual fazia uma declaração ou uma homenagem, agradecendo a doce presença de Jesus e o que Ele representava em suas vidas. Os maiores declamavam poesias que falavam do Natal e do amor do Mestre. Como o Aniversariante era Jesus, para Ele eram direcionadas as homenagens. E o grande presente de amor e gratidão. Mais tarde, na casa dos outros avós, os pequenos teciam comentários sobre a comemoração. O assunto tomava corpo, e uma atividade era programada para o dia seguinte: levar os bolos e doces para um lar de crianças do bairro, em nome de Jesus. Aproveitar para falar sobre o grande amor de Jesus por todos os Seus irmãos. Entusiasmados, os pequenos acrescentavam algo de realmente seu e selecionavam alguns brinquedos para oferecer àquelas crianças. Assim agindo, aquela família ensinava, desde cedo, aos pequeninos, o verdadeiro sentido do Natal. E como ofertar ao nobre Aniversariante o melhor presente: o amor espalhado entre todos. * * * Reconhecer o verdadeiro sentido e valor do Natal é obrigação de todos os que nos afirmamos cristãos. Natal é uma festa eminentemente cristã, por ser dedicada ao Cristo Jesus. Muito oportuno seria estimularmos em nosso lar, a autêntica comemoração cristã, que fala de fraternidade, de encontro da família. Uma noite para estarmos juntos, cearmos, rirmos, trocarmos presentes, se desejarmos, sem esquecer a figura principal, o Aniversariante. Ideal seria se, a cada ano, nos esmerássemos em criar formas sempre renovadas de prestar homenagem ao Mestre. Há tanto que pode ser feito: visitar os que se encontram hospitalizados ou um idoso que sabemos vive só. Podemos levar brinquedos para crianças em carência material e ofertá-los, sejam em pacotes vistosos, com laços de fita chamativos ou não, representando o nosso carinho, que é, sem dúvida, o maior presente. Um abraço, um aconchego, um afago. Tudo em nome de quem aniversaria nesse dia e que espera que a Sua mensagem de amor e de paz se espalhe por toda a Terra. Excelente dia para iniciar essa prática. Pensemos nisso. Redação do Pense Nisso. Em 22.12.2012.

25/12/2020 08:00 | DURAÇÃO 4:04

Um conto de Natal

Um conto de Natal A história é simples, mas comovedora. Tudo começou porque Mike odiava o Natal. Claro que não era o verdadeiro sentido do Natal, mas seus aspectos comerciais. Os gastos excessivos, a corrida frenética na última hora para comprar presentes para alguém da parentela de que se houvesse esquecido. Sabendo como ele se sentia, certo ano a esposa decidiu deixar de lado as tradicionais camisetas, casacos, gravatas e coisas do gênero. Procurou algo especial só para Mike. A inspiração veio de uma forma um tanto incomum. O filho Kevin, que tinha doze anos na época, fazia parte da equipe de luta livre da sua escola. Pouco antes do Natal, houve uma disputa especial contra uma equipe patrocinada por uma Associação da parte mais pobre da cidade. Esses jovens usavam tênis tão velhos que a impressão que passavam é de que a única coisa que os segurava eram os cadarços. Contrastavam de forma gritante com os outros jovens, vestidos com impecáveis uniformes azuis e dourados e tênis especiais novinhos em folha. Quando a competição acabou, a equipe da escola de Kevin tinha arrasado com eles. Foi então que Mike balançou a cabeça triste e falou: Queria que pelo menos um deles tivesse ganho. Eles têm muito potencial, mas uma derrota dessas pode acabar com o ânimo deles. Mike adorava crianças. Todas as crianças. E as conhecia bem, pois tinha sido técnico de times mirins de futebol, basquete e vôlei. Foi aí que a esposa teve a ideia. Naquela tarde, foi a uma loja de artigos esportivos e comprou capacetes de proteção e tênis especiais que enviou, sem se identificar, para a Associação que patrocinava aquela equipe. Na véspera de Natal, deu ao marido um envelope com um bilhete dentro, contando o que tinha feito e que esse era o seu presente para ele. O mais belo sorriso iluminou o seu rosto naquele Natal. No ano seguinte, ela comprou ingressos para um jogo de futebol para um grupo de jovens com problemas mentais. No outro, enviou um cheque para dois irmãos que tinham perdido a casa em um incêndio, na semana anterior ao Natal. O envelope passou a ser o ponto alto do Natal daquela família. Os filhos deixavam de lado seus brinquedos e ficavam esperando o pai pegar o envelope e revelar o que tinha dentro. As crianças foram crescendo. Os brinquedos foram sendo substituídos por presentes mais práticos, mas o envelope nunca perdeu o seu encanto. Até que Mike morreu. Chegou a época do Natal e a esposa estava se sentindo muito só. Triste. Quase sem esperanças. Mas, na véspera do Natal, ela preparou o envelope como sempre. Para sua surpresa, na manhã seguinte, havia mais três envelopes junto dele. Cada um dos filhos, sem um saber do outro, havia colocado um envelope para o pai. * * * O verdadeiro espírito do Natal se chama amor e no momento especial em que se reprisa, nos quadros da Terra, nos possibilita o exercício da nossa capacidade maior de doação. Muito além dos presentes, da ceia, do encontro familiar, comemorar o Natal significa viver a mensagem do Divino Aniversariante, lançada há mais de dois mil anos e que até hoje prossegue ecoando nos corações... Redação do Pense Nisso, a partir de história de autor desconhecido Em 12.12.2014.

24/12/2020 08:30 | DURAÇÃO 3:55

Resignação

RESIGNAÇÃO Quando precisamos aceitar uma circunstância que não foi planejada, o primeiro impulso que temos é o de ser resistente à nova situação. É difícil aceitar as perdas materiais ou afetivas, a dificuldade financeira, a doença, a humilhação, as traições. A nossa tendência natural é resistir e combater tudo o que nos contraria e que nos gera sofrimento. Agindo assim, estaremos prolongando a situação. Resistir nos mantém presos ao problema, muitas vezes perpetuando-o e tornando tudo mais complicado e pesado. Em outras ocasiões, nossa reação é a de negação do problema e, por vezes, nos entregamos a desequilíbrios emocionais como revolta, tristeza, culpa e indignação. Todas essas reações são destrutivas e desagregadoras. Quando não aceitamos, nos tornamos amargos e insatisfeitos. Esses padrões mentais e emocionais criam mais dificuldades e nos impedem de enxergar as soluções. Pode parecer que quando nos resignamos diante de uma situação difícil, estamos desistindo de lutar e sendo fracos. Mas não. Apenas significa que entendemos que a existência terrestre tem uma finalidade e que a vida é regida pela lei de ação e reação; que a luta deve ser encarada com serenidade e fé. Na verdade, se tivermos a verdadeira intenção de enfrentar com equilíbrio e sensatez as grandes mudanças que a vida nos apresenta, devemos começar admitindo a nova situação. A aceitação é um ato de força interior que desconhecemos. Ela vem acompanhada de sabedoria e humildade, e nos impulsiona para a luta. É detentora de um poder transformador que só quem já experimentou pode avaliar. Existem inúmeras situações na vida que não estão sob o nosso controle. Resta-nos então acatá-las. É fundamental entender que esse posicionamento não significa desistir, mas sim manter-se lúcido e otimista no momento necessário. No instante em que aceitamos, apaga-se a ilusão de situações que foram criadas por nós mesmos e as soluções surgem naturalmente. Aceitar é exercitar a fé. É expandir a consciência para encontrar respostas, soluções e alívio. É manter uma atitude saudável diante da vida. É nos entregarmos confiantes ao que a vida tem a nos oferecer. * * * Estamos nesta vida pela misericórdia de Deus, que nos concedeu nova oportunidade de renascimento no corpo físico. Os sentimentos de amargura, desespero e revolta, que permeiam nossa existência, são frutos das próprias dificuldades em lidar com os problemas. Lembremos que todas as dores são transitórias. Quando elas nos alcançarem, as aceitemos com serenidade e resignação. Olhemos para elas como mecanismos da Lei Universal que o Pai utiliza para que possamos crescer em direção a Ele. Redação do Pense Nisso, com base no texto Aceitação, de autoria desconhecida e com parágrafo final do cap. 20, do livro Terapêutica de emergência, por diversos Espíritos, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal. Em 9.10.2012.

23/12/2020 08:30 | DURAÇÃO 3:54

Colaboração

Colaboração Uma virtude pouco lembrada é a colaboração. A vida, generosa de sabedoria em toda parte, demonstra o princípio da cooperação em todos os seus planos. O solo ampara a semente e a semente valoriza o solo. As águas formam as nuvens e as nuvens alimentam as águas. A abelha ajuda na fecundação das flores e as flores contribuem com as abelhas na fabricação do mel... Podemos perceber nesses exemplos de colaboração um convite para que também sejamos colaboradores. Sem nos darmos conta, muitos colaboram conosco no decorrer dos dias. É alguém gentil que nos cede a passagem no trânsito. Um motorista anônimo que avisa do perigo na estrada. Um pedestre que ajuda um idoso ou cego a atravessar a rua. São os médicos que nos atendem com presteza e afeto, doando-se além da sua obrigação. São os professores que se empenham um tanto mais para que os alunos aprendam as lições. São enfermeiros atenciosos que se esforçam por atender bem a um paciente, porque seu coração assim o determina. É mais que uma demanda, é um propósito de vida... Se é certo que pagamos por alguns serviços, também é certo que a dedicação e o carinho de cada profissional, ninguém... e nenhum dinheiro... pode pagar. Se não nos damos conta disso, é porque talvez estejamos indiferentes para as coisas boas, ou porque estamos acostumados a perceber somente as coisas ruins. É importante que tenhamos disposição para ver os fatos positivos que nos cercam. Dessa forma, poderemos dar a nossa colaboração, por mais singela que seja, onde quer que estejamos, para que a nossa vida e a vida dos que caminham conosco nessa estrada evolutiva possa ser mais suave. Agindo assim, em tudo o que fizermos, estaremos colaborando de forma efetiva para o nosso próprio progresso espiritual. Quando vamos além das nossas obrigações, exercemos a função que nos cabe no progresso moral da Humanidade. * * * A vida na Terra é uma abençoada oportunidade de aprendizado para cada um de nós. Na colaboração de uns para com os outros, encontramos a chave que abrirá novos caminhos, quebrando as barreiras do individualismo e nos permitindo viver a verdadeira fraternidade. Que possamos colaborar em algo hoje, agora. Aproveitemos o momento que passa. Pense Nisso, Mas... pense agora! (*) Pense Nisso com base no Momento Espírita – com trechos do cap. 32, do livro Roteiro, ed. FEB. Em 25.11.2020.

22/12/2020 08:30 | DURAÇÃO 3:10

Criaturas únicas

CRIATURAS ÚNICAS Um jovem procurou seu professor porque se sentia um inútil. Achava-se lerdo, não conseguia fazer nada bem. Desejava saber como poderia se melhorar e o que devia fazer para que o valorizassem. O professor, sem olha-lo, lhe disse: “sinto muito, mas antes de resolver o seu problema, preciso resolver o meu próprio. Talvez você possa me ajudar.” Tirou um anel que usava no dedo pequeno e deu ao rapaz, recomendando: “vá até o mercado. Preciso vender este anel porque tenho que pagar uma dívida. É preciso que você consiga por ele o máximo, mas não aceite menos do que uma moeda de ouro.” O rapaz pegou o anel e foi oferece-lo aos mercadores. Eles olhavam com algum interesse, mas quando ele dizia o quanto pretendia por ele, desistiam. Quando ele mencionava uma moeda de ouro, alguns riam, outros saíam sem ao menos olhar para ele. Somente um velhinho muito amável lhe explicou que uma moeda de ouro era muito valiosa para aquele anel. Abatido pelo fracasso, o rapaz retornou à presença do professor, dizendo que o máximo que lhe ofereceram foram duas ou três moedas de prata. Ouro, nem pensar! O dono do anel respondeu que seria importante, então, saber o valor exato do anel. Sugeriu que o jovem fosse ao joalheiro para uma correta avaliação. E fez outra recomendação: não importa o valor que lhe ofereçam, não venda este anel. O jovem foi, um tanto desanimado. O joalheiro, depois de examinar com uma lupa a jóia, pesou-a e lhe disse: “diga ao seu professor que, se ele quiser vender agora, não posso lhe dar mais do que cinqüenta e oito moedas de ouro.” O rapaz teve um sobressalto: “cinqüenta e oito moedas de ouro?” “Sim”, retornou o joalheiro. “com tempo, eu poderia oferecer cerca de setenta moedas. Mas, se a venda é urgente...” O discípulo recusou a oferta e voltou correndo para dar a boa notícia ao professor. Depois de ouvi-lo, o professor falou: “sente-se, meu rapaz. Você é como este anel, uma jóia única e valiosa. Como toda jóia preciosa, somente pode ser avaliada por quem entende do assunto.” Por acaso você imaginou que qualquer um poderia descobrir o seu verdadeiro valor?” Tomando o anel das mãos do rapaz, tornou a colocá-lo no dedo, completando: “todos somos como esta jóia: muito valiosos. No entanto, andamos por todos os mercados davida pretendendo que pessoas inexperientes nos valorizem.” Pense: ninguém pode nos fazer sentir inferiores, sem nosso consentimento.” *** A divindade não se repete. Cada criatura sua é única, é especial e valiosa. Por isso existe na terra a diversidade das cores, dos tamanhos, das formas. E você também é uma dessas criaturas especiais, por mais que se julgue destituída de valor. Você pode não ser o maior intelecto do mundo, mas se tem disposição para o estudo, pode adquirir muitos conhecimentos. Você pode não ser a pessoa mais bondosa da face da Terra, mas com vontade pode se exercitar todos os dias para se tornar mais paciente, mais caridoso e mais gentil. Você, enfim, pode não ser o melhor, mas é peça valiosa no concerto da vida, porque foi criado por Deus, que ama a todos e a cada um, de uma forma particular e especial. Pense: não há ninguém neste imenso universo de Deus, igual a você! Equipe de Redação do Pense Nisso, a partir de texto sem menção a autor.

21/12/2020 06:45 | DURAÇÃO 4:47

Um ponto negro

Um ponto negro Conta-se que um professor preparou sua aula estendendo um grande lençol branco numa das paredes da sala. Na medida em que os alunos iam entrando, tinham sua curiosidade despertada por aquele objeto estranho estendido bem à sua frente. O professor iniciou a aula perguntando a todos o que viam. O primeiro que se manifestou disse que via um pontinho negro, no que foi seguido pelos demais. Todos conseguiram ver o pontinho negro que fora colocado, de propósito, no centro do lençol branco. Depois de perguntar a todos se o ponto negro era a única coisa que viam, e ouvir a resposta afirmativa, o professor lançou outra questão: Vocês não estão vendo todo o resto do lençol? Vocês conseguem somente ver o pequeno ponto preto e não percebem a parte branca, que é muito mais extensa? Naquele momento os alunos entenderam o propósito da aula: ensinar a ampliar e educar a visão, para perceber melhor o conjunto e não ficar atento somente aos pormenores ou às coisas negativas. Essa é, na maior parte das vezes, a nossa forma de ver as pessoas e situações que nos rodeiam. Costumamos dar um peso exagerado às coisas ruins e pouca importância ao que se realiza de bom. Se um amigo sempre nos trata com cortesia, com afabilidade e atenção e, num determinado momento, nos trata de maneira áspera, pronto. Tudo o que ele fez até então cai por terra. Já nos indignamos e o conceito que tínhamos dele até então, muda totalmente. É como se nossos olhos só pudessem ver o pequeno ponto negro. Não levamos em conta a possibilidade de nosso amigo ou amiga estar precisando da nossa ajuda. Não nos damos conta de que talvez esteja com dificuldades e por isso nos tratou de forma diferente. Temos sido tão exigentes com os outros! Mas, se somos nós que estamos indispostos, todos têm que suportar nosso mau-humor, nossa falta de cortesia. Um casal completava seus 60 anos de matrimônio, e uma das netas perguntou à avó:Vózinha, como é que a senhora aguentou o vovô até hoje? Ele é uma pessoa muito difícil de tolerar. A vovó, com um sorriso de serenidade respondeu à neta: É simples, minha filha. Eu sempre tive comigo uma balança imaginária. Colocava num dos pratos as coisas ruins que seu avô fazia. No outro prato da balança eu depositava as coisas boas. E o prato sempre pendia para o lado das coisas boas. Nós também fazemos uso da balança imaginária. Mas, muitas vezes, o peso que atribuímos às coisas ruins é desproporcional e a balança tende a pender mais para esse lado. Vez que outra é importante que façamos uma aferição na nossa balança, para verificar se ela não está desregulada, pendendo muito para o lado dos equívocos. Saibamos valorizar as boas ações. Não façamos como os alunos, que só viam o ponto negro no centro de um enorme lençol branco. Eduquemos a nossa visão para perceber melhor as coisas boas da vida. Desenvolvamos a nossa capacidade de ver e valorizar tudo o que nos acontece de bom. * * * Os benfeitores da Humanidade recomendam que sejamos severos para conosco mesmos e indulgentes para com nosso próximo. Contrariando tal recomendação, a maior parte das vezes somos indulgentes para conosco e muito severos para com os equívocos alheios. Vale a pena meditar nos ensinos que nos chegam do Alto. Vale a pena que exercitemos o perdão aos semelhantes. E vale também a pena que sejamos mais exigentes conosco, buscando sempre melhorar nosso comportamento. Redação do Pense Nisso.

19/12/2020 06:45 | DURAÇÃO 5:04

Solidariedade entre as gerações

Solidariedade entre as gerações De um modo geral, temos uma grande tendência para reclamar da vida. Reclamação que não se restringe apenas a pequenas desventuras individuais. Reclamamos do país onde vivemos, dos políticos, das escolas, dos vizinhos. Comparamos a nossa estrutura social com outras que julgamos melhores e nos sentimos injustiçados. Alguns países do primeiro mundo parecem um paraíso. Lá há educação e saúde de qualidade, bons empregos, segurança. Há menos violência e desonestidade. Ocorre que a vida não é feita de acasos. Bênçãos e desgraças não são sorteadas de forma aleatória. Como protagonistas do próprio destino, temos liberdade de atuação, mas devemos assumir as consequências dos próprios atos. As opções do passado influenciam decisivamente o presente. Dessa forma, vivemos no ambiente que ajudamos a construir. Quem nasce em um meio social bem estruturado, certamente teve alguém que colaborou para que ele assim se tornasse. Se o mundo que nos rodeia não é agradável, constitui nosso dever agir para torná-lo melhor. Muitas vezes colocamos a culpa do caos social na falta de atuação precisa das gerações passadas. Ocorre, porém, que nós mesmos deixamos de buscar alternativas para melhorar a nossa realidade. Se ontem agimos de forma indigna e egoísta, hoje experimentamos o resultado desse agir. Assim, é importante assumir o papel que nos cabe na construção de uma sociedade melhor. É de nosso interesse direto que nossa cidade, estado e país melhorem, que as criaturas que nos rodeiam evoluam, em todos os sentidos. Muitas vezes, ouvimos com desinteresse notícias relativas ao meio ambiente. Equivocadamente, pensamos que isso não nos diz respeito. Afinal, estaremos mortos há muito tempo quando não houver mais água no planeta ou o ar se tornar difícil de respirar. Trata-se de um erro enorme de planejamento. Não nos atentamos que nossas ações e omissões produzirão um efeito. Devemos cuidar do planeta, educar as pessoas, vigiar o governo. As gerações são solidárias, muito mais do que pensamos. Pensemos na herança que estamos deixando para as gerações futuras .. Sim, pense nisso.. Mas, pense agora. (*) Redação do Pense Nisso baseado em texto do Momento Espírita, em 1º.12.2020.

18/12/2020 08:30 | DURAÇÃO 3:05

Empatia

EMPATIA Um ancião que estava para morrer procurou um jovem e narrou uma história de heroísmo: Durante a guerra, ajudou um homem a fugir. Deu-lhe abrigo, alimento e proteção. Quando já estavam chegando a um lugar seguro, esse homem decidiu traí-lo e entregá-lo ao inimigo. E como você escapou? – perguntou o jovem. Não escapei. Eu sou o outro, sou aquele que traiu. – diz o velho. Mas, ao contar esta história como se fosse o herói, posso compreender tudo o que ele fez por mim. * * * A sabedoria deste conto nos fala sobre a empatia, essa ação de nos colocarmos no lugar do outro, de procurar sentir o que o outro sente. A empatia nos torna menos orgulhosos e egoístas, pois faz com que pensemos não só em nossos pontos de vista, em como estamos nos sentindo, mas também na vida alheia, no que se passa no íntimo de alguém. Quando nos colocamos no lugar do outro, a compreensão se torna mais fácil de ser alcançada, e nossos corações se sentem mais aptos a perdoar. Quando nos colocamos no lugar do outro, temos a oportunidade de acalmar a raiva e de evitar a vingança. Quando nos colocamos no lugar do outro, desenvolvemos a compaixão, e procuramos fazer algo para amenizar o sofrimento do próximo. Quando nos colocamos no lugar do outro, expandimos nossa capacidade de amar e de entender que precisamos viver em família para realizar nosso crescimento. Quando nos colocamos no lugar do outro, preparamos nossa intimidade para receber as sementes da humildade, descobrindo a verdade de que somos todos irmãos, e que precisamos uns dos outros para colher os bons frutos da felicidade futura. A empatia nos torna mais humanos, mais próximos da realidade do outro, de suas dificuldades e de seu caminho. Passamos a analisar a vida através de outros pontos de vista, de outros ângulos e, assim, nos tornamos mais sábios, mais maduros. O hábito de nos colocarmos no sentimento de alguém é um grande recurso de que dispomos para nossas conquistas espirituais elevadas. O coração que se isola, que vê somente o que seus olhos permitem e não partilha da vida de seu próximo, está estacionado nas trilhas do tempo. É chegado o momento das grandes modificações, das grandes revoluções no interior do homem, e a empatia aí está, como excelente agente de transformação moral. * * * Fazei aos homens tudo o que desejai que eles vos façam, pois é nisto que consistem a lei e os profetas. O médico das almas, jesus, sempre buscou mostrar os caminhos mais seguros para nossas vidas. Nesta máxima revolucionária e, ao mesmo tempo, simples, introduz na terra o conceito de empatia, de agir conforme aquilo que desejamos para nós mesmos. As verdades estão conosco. É tempo de instituí-las em nossos dias. Redação do pense nisso, com base no livro maktub, de paulo coelho, ed. Planeta e no item ii, do cap. Xi, de o evangelho segundo o espiritismo, de allan kardec, ed. Feb.

17/12/2020 08:30 | DURAÇÃO 3:44

Rogativa do culpado

Rogativa do culpado Caro amigo: Desejo pedir-te perdão pelo mal que te fiz. Infelizmente, naquela ocasião, eu me encontrava infeliz, inimizado comigo mesmo, sem a capacidade de discernir entre o bem e o mal - o que deveria e o que não me era lícito fazer. Reconheço hoje que te magoei com a minha insolência e desequilíbrio, proporcionando-te sofrimentos desnecessários. Aprendi a lição da dignidade, após atravessar os caminhos sombrios do remorso, procurando expiar a culpa, tentando reabilitar-me através das boas ações, a fim de encorajar-me a pedir-te perdão. Reconheço que é mais infeliz aquele que acusa indevidamente, aquele que comete o erro de ofender o outro do que a sua vítima. Quando o ofendido supera a situação deplorável, ascende no rumo da iluminação, enquanto o seu adversário mergulha no abismo do desequilíbrio, assinalado pela culpa de que não se consegue libertar. Apiada-te, portanto, de mim, conforme hoje dou-me conta da própria inferioridade. Sei que não te será fácil compreender tudo quanto sinto e gostaria de dizer-te... Segue, portanto, a tua portentosa jornada, olhando para trás e distendendo a mão para mim, em socorro, que me encontro na retaguarda. Desejo, porém, que saibas quanto estou feliz por poder haver chegado a esta conclusão, a este momento, conseguindo dizer-te, embora em poucas palavras, o que me vai na alma, reabilitando-me, pelo menos um pouco, do mal que te fiz. * * * Pedir perdão é vencer uma grande batalha dentro de nós. Pedir perdão é vencer o orgulho que sempre, através das eras, foi vencedor em nossa intimidade imperfeita e desequilibrada. Pedir perdão, de coração, o perdão verdadeiro, é grande passo na conquista do acerto final e completo com as Leis Divinas. Há humildade em tal pedido, e também sabedoria. Baixar a fronte. Reconhecer-se imperfeito, porém perfectível, mutável. Se pedíssemos perdão mais vezes, certamente seríamos mais felizes. O pedido de perdão verdadeiro faz-nos mais fortes, porque junto dele vem o reconhecimento do erro, e a autoproposta de não mais errar. No pedido de perdão vem o desejo do bem ao outro - desejo exatamente oposto àquele que gerou toda situação desastrosa entre as suas almas. Por carregar tal aspiração, representa grande vitória do bem contra o mal. * * * Ao reconhecer nossos erros, não esqueçamos de pedir perdão. Procuremos o outro e, de alguma forma, demonstremos que estamos cientes do erro, e que agora lhe desejamos bem, e não mal. Não esperemos contrapartida. A vitória de quem sabe pedir perdão está dentro de si mesmo, e não depende de aceitação da outra parte. Reconhecer o erro; pedir perdão; não errar mais; ressarcir a Lei - eis o caminho da felicidade. Redação do Pense Nisso com base no cap. 41, do livro O amor como solução, de Divaldo Pereira Franco, pelo Espírito Joanna de Ângelis, ed. Leal.

16/12/2020 08:30 | DURAÇÃO 3:45

A nossa parte

A nossa parte A Divindade nos oferece, continuamente, possibilidades e recursos. Um desses mecanismos é a inteligência. Poucos de nós percebemos o quanto ela impacta a nossa vida. Através de cientistas, pensadores, filósofos, engenheiros, surgem novas descobertas e conquistas nos mais variados campos. Pode ser o medicamento que diminui as dores... A proposta filosófica que provoca reflexão e mudança na sociedade... Ou a tecnologia que facilita a vida. São todas expressões da inteligência, que impulsionam o progresso e vão construindo o que o sociólogo alemão, Norbert Elias, chama de processo civilizador. É natural que o fruto do uso da inteligência colabore no enriquecimento... O triste é encarar que exista tanta desigualdade, num cenário onde surgem tantas competências. A verdade é que alguns têm mais talentos e melhores condições sociais. Poderão conquistar, dessa forma, mais bens materiais que outros. Mas, como seres humanos, não podemos ter um olhar de naturalidade sobre a fome e a miséria que se abatem sobre os indivíduos. Em uma sociedade moralmente organizada, ninguém deve morrer de fome. A riqueza mal distribuída é fruto do nosso egoísmo, gerando muitos males... Ter riquezas não é errado. O indivíduo tem o direito de lutar e trabalhar para conquistar bens. E toda riqueza conquistada sem prejuízo a outros, é lícita e justificada. Será também a riqueza que dará a oportunidade de promoção do bem-estar social, gerando empregos, oferecendo melhores condições aos outros. Mas, cabe a cada um de nós fazer a sua parte e reconhecer o seu papel. Quem possui mais, tem a oportunidade de melhorar as condições de educação, de moradia e de saúde. Doar seu dinheiro ou mesmo o seu tempo, através de um trabalho voluntário, uma oferta de amor... Todos nós podemos estimular a promoção social, extinguindo a miséria onde ela exista. Se dispomos mais do que o necessário, estamos em condições de compartilhar... Assim, exercemos a solidariedade e contribuímos para a eliminação do egoísmo. Talvez falte em nós um olhar mais atento às necessidades do nosso próximo, mas nós podemos fazer algo. Se não podemos solucionar os maiores problemas, que possamos ao menos aliviar as dores da vida de alguém. Será o esforço pessoal em diminuir o nosso egoísmo que irá construir uma sociedade mais justa, onde a miséria e a fome não terão mais lugar. Todos nós temos recursos e competências que, de alguma forma, poderão significar muito na vida de alguém. Pensemos a respeito e cumpramos a nossa parte. Pense nisso. Mas... Pense agora. (*) Pense Nisso baseado no Momento Espírita, de 26/11/2020

15/12/2020 08:27 | DURAÇÃO 3:35

Maneiras de ver as coisas

MANEIRAS DE VER AS COISAS Conta-se que uma indústria de calçados do Brasil desenvolveu um projeto de exportação de sapatos para a Índia e, em seguida, mandou dois de seus consultores a pontos diferentes daquele país para fazer as primeiras observações do potencial daquele futuro mercado. Após alguns dias de pesquisas, um dos consultores enviou o seguinte fax para a direção da indústria: Senhores, cancelem o projeto de exportação de sapatos para a Índia. Aqui ninguém usa sapatos. Sem saber desse fax, alguns dias depois o segundo consultor mandou o seu parecer: Senhores, tripliquem a quantidade de sapatos do projeto de exportação para a Índia, pois aqui ninguém usa sapatos, ainda. A mesma situação era um tremendo obstáculo para um dos consultores e uma fantástica oportunidade para o outro. Da mesma forma, tudo na vida pode ser visto com enfoques e maneiras diferentes. A sabedoria popular traduz essa situação com a seguinte frase: Os tristes acham que o vento geme. Os alegres e cheios de espírito afirmam que ele canta. Os derrotistas falam da crise como se o mundo fosse acabar por causa dela, mas os otimistas e empreendedores dizem o seguinte: Bendita crise que sacode o mundo e a minha vida. Bendita crise que está reciclando tudo. Bendita crise que faz o mundo se reestruturar. Bendita crise que traz a transformação. Bendita crise que traz a evolução e o progresso. Bendita crise que traz novos desafios. Bendita crise que me tira a ilusão de permanência. Bendita crise que me tira do marasmo. Bendita crise que me ensina o que é verdadeiramente importante. Bendita crise que me revela minha própria sabedoria. Bendita crise que dissolve meus apegos. Bendita crise que amplia minha visão. Bendita crise que me faz humilde. Bendita crise que me faz voltar a ter fé. Bendita crise que me faz dar mais importância à vida. Bendita crise que abre meu coração. Bendita crise que me mostra a luz. Bendita crise que me mostra outras oportunidades. Bendita crise que me traz de volta a confiança. Bendita crise que me traz de volta à minha essência. Bendita crise que me desperta o amor pela Humanidade. Bendita crise que é o ponto de mutação. Bendita crise que me abre novos horizontes... * * * E você, como tem encarado as situações difíceis ou as crises? Lembre-se que da sua maneira de ver as dificuldades dependerá a resolução ou o seu agravamento. * * * O mundo é como um espelho que devolve a cada pessoa o reflexo dos seus próprios pensamentos e atos. A maneira como você encara a vida é que vai fazer a diferença. Pense nisso! Redação do Pense Nisso, com base em pensamentos de autoria ignorada.

14/12/2020 08:30 | DURAÇÃO 3:29

Combatendo o preconceito

COMBATENDO O PRECONCEITO Quando Gandhi trabalhava pela independência da Índia, empenhou-se também em combater uma questão interna: o preconceito de castas. Tradição milenar que divide a sociedade indiana em religiosos, guerreiros, agricultores, comerciantes e servos, as castas até hoje persistem. Na base da pirâmide social, uma categoria desprezada: os párias. Sem casta, os párias são considerados impuros e acredita-se que quem os toca fica impuro também. Por isso são chamados intocáveis. Mas Gandhi, ao estudar profundamente os ensinos de Krishna, aprendeu que Deus não faz diferença entre Seus filhos. Ele compreendeu que o sistema de castas havia sido modificado pelos homens, que o usaram para fins de dominação política e social. E foi assim que Gandhi passou a combater o preconceito contra os párias, que ele chamava harijans, palavra que significa filhos de Deus. Estava certo Gandhi. Os preconceitos que carregamos são parte de um contexto social e cultural que devemos combater. À medida que a Humanidade progride, os preconceitos vão perdendo espaço. A ciência vai demonstrando que certas teorias não têm validade e aos poucos vamos expurgando práticas vergonhosas. Vejamos, por exemplo, o preconceito racial. Ele é decorrente de uma visão que data da época da colonização. Os europeus se achavam superiores aos povos indígenas ou africanos. É uma tese absurda que o tempo se encarregou de derrubar. Sim, pois quando se ofereceu oportunidade, negros e índios mostraram tanta capacidade intelecto-moral quanto os demais. Nunca é demais lembrar que – mesmo na época do mais rigoroso preconceito racial no Brasil – houve quem triunfasse. É o caso do maior escritor brasileiro de todos os tempos: Machado de Assis. Filho de uma ex escrava, que trabalhava como lavadeira, ele trabalhava durante o dia e estudava à noite, sob a luz de um lampião. Demonstrou que o talento e o esforço vencem o preconceito, por mais forte que seja. Hoje, por mais que se combata o preconceito, muitas vezes ele ainda aparece inesperadamente. É porque estava apenas oculto, escondido sob o verniz social. É assim na questão dos homossexuais. Os preconceitos contra eles se manifestam de forma agressiva. Eles são ridicularizados, alvo de piadas e até de violência. Muitos são espancados e assassinados. Será que já conseguimos ver todos os demais seres humanos como irmãos que também amam, sofrem e querem ser felizes? Será que ainda é preciso ter uma data, pra se conscientizar do quanto o preconceito é sinal de barbarismo e ignorância? Pense Nisso, mas pense agora. Redação do Pense Nisso- com base no livro Momento Espírita, v. 7, ed. Fep.

12/12/2020 08:30 | DURAÇÃO 3:29

A perda gera descobertas

A PERDA GERA DESCOBERTAS A rotina, as discussões, a mágoa, a vaidade, o orgulho, o egoísmo, a insensatez – essas coisas, às vezes, nos cegam à verdadeira importância que determinada pessoa tem para nós. Quem está sempre perto – por vezes cobrando, chamando a atenção, discordando e, de certa forma, colocando-se à mercê de nosso julgamento – perde seu valor justamente por isso: por estar sempre ali, ao alcance da mão. Porém, a importância de alguém para ti, não a podes avaliar na presença. Porque, na presença, bem provavelmente te iludas de que esse alguém é dispensável e até tua vida sem essa pessoa talvez fosse melhor. O verdadeiro valor de alguém em tua vida, só o podes avaliar na ausência: é normalmente quando aperta a saudade que aquele monte de defeitos, antes intolerável, assume sua real dimensão. E, estranho... Começas a te lembrar de qualidades que já tinhas até esquecido! Talvez quando a distância for uma realidade, percebas que aquele que te parecia dispensável passou a te fazer falta como se uma parte de teu corpo tivesse sido amputada. Se tens alguém que te quer bem, não embarques na tolice de esperar o leite derramar para, então, verter lágrimas inúteis. Afasta o cisco do olho que te faz enxergar só os defeitos e te cega às qualidades do outro. Em vez de valorizar encantos transitórios e superficiais, aprende a reconhecer a importância do companheirismo e do afeto: na hora do sufoco e da solidão, é disso que a gente sente falta. Por que provocares o castigo da distância, quando é tão mais fácil reconheceres o valor de quem te ama? Acorda, sufocando o egoísmo e oferecendo ao outro o que tens de bom, em vez de ficares só criticando, só exigindo, só esperando para ti. Pois haverá um momento de tua vida em que nada, nada exceto o amor – mesmo cego e coxo – só o verdadeiro amor poderá saciar tua fome e preencher o vazio de teu coração... Redação do Pense Nisso.

11/12/2020 08:30 | DURAÇÃO 2:47

Como se escreve?

COMO SE ESCREVE? Quando Joey tinha somente cinco anos, a professora do Jardim de Infância pediu aos alunos que fizessem um desenho de alguma coisa que eles amavam. Joey desenhou a sua família. Depois, traçou um grande círculo com lápis vermelho ao redor das figuras. Desejando escrever uma palavra acima do círculo, ele saiu de sua mesinha e foi até à mesa da professora. Professora, como a gente escreve...? Ela não o deixou concluir a pergunta. Mandou-o voltar para o seu lugar e não se atrever mais a interromper a aula. Joey dobrou o papel e o guardou no bolso. Quando retornou para sua casa, naquele dia, ele se lembrou do desenho e o tirou do bolso. Alisou-o bem sobre a mesa da cozinha, foi até sua mochila, pegou um lápis e olhou para o grande círculo vermelho. Sua mãe estava preparando o jantar, indo e vindo do fogão para a pia, para a mesa. Ele queria terminar o desenho antes de mostrá-lo para ela. Mamãe, como a gente escreve...? Menino, não dá para ver que estou ocupada agora? Vá brincar lá fora. E não bata a porta. -Foi a resposta dela. Ele dobrou o desenho e o guardou no bolso. Naquela noite, ele tirou outra vez o desenho do bolso. Olhou para o grande círculo vermelho, foi até à cozinha e pegou o lápis. Ele queria terminar o desenho antes de mostrá-lo para seu pai. Alisou bem as dobras e colocou o desenho no chão da sala, perto da poltrona reclinável do seu pai. Papai, como a gente escreve...? Joey, estou lendo o jornal e não quero ser interrompido. Vá brincar lá fora. E não bata a porta. O garoto dobrou o desenho e o guardou no bolso. No dia seguinte, quando sua mãe separava a roupa para lavar, encontrou no bolso da calça do filho, enrolados num papel, uma pedrinha, um pedaço de barbante e duas bolinhas de gude. Todos os tesouros que ele catara enquanto brincava fora de casa. Ela nem abriu o papel. Atirou tudo no lixo. Os anos rolaram... Quando Joey tinha 28 anos, sua filha de cinco anos, Annie fez um desenho. Era o desenho de sua família. O pai riu quando ela apontou uma figura alta, de forma indefinida e disse: Este aqui é você, papai! A garota também riu. O pai olhou pra o grande círculo vermelho feito por sua filha, ao redor das figuras e lentamente começou a passar o dedo sobre o círculo. Annie desceu rapidamente do colo do pai e avisou: Eu volto logo! E voltou. Com um lápis na mão. Acomodou-se outra vez nos joelhos do pai, posicionou a ponta do lápis perto do topo do grande círculo vermelho e perguntou: Papai, como a gente escreve amor? Ele abraçou a filha, tomou a sua mãozinha e a foi conduzindo, devagar, ajudando-a a formar as letras, enquanto dizia: Amor, querida, amor se escreve com as letras t...e...m...p...o. * * * Conjugue o verbo amar todo o tempo. Use o seu tempo para amar. Crie um tempo extrapara amar, não esquecendo que para os filhos, em especial, o que importa é ter quem ouça e opine, quem participe e vibre, quem conheça e incentive. Não espere seu filho ter que descobrir sozinho como se soletra amor, família, afeição. Por fim, lembre: se você não tiver tempo para amar, crie. Afinal, o ser humano é um poço de criatividade e o tempo...bom, o tempo é uma questão de escolha. Redação do Pense Nisso, com base no cap. Círculo de amor, de Jeannie S. Williams, da obra Histórias para o coração da mulher, de Alice Gray, ed. United Press, 2002.

10/12/2020 08:30 | DURAÇÃO 4:28

O valor da paciência

O VALOR DA PACIÊNCIA Alguém disse, um dia, que a paciência é a arma dos fracos. Nada mais falso: a paciência, ao contrário, talvez seja o estágio mais avançado de força que um ser humano pode atingir. Algumas pessoas neste mundo são capazes de derrubar um exército inteiro com a força das mãos, e por isso se julgam fortes. Outras são capazes de arriscar a própria vida pelos motivos mais banais, e por isso se julgam fortes. Mas, pensando bem: quantos de nós são capazes de suportar uma longa aflição, sem queixar-se uma única vez? Quantos são capazes de tolerar o sofrimento, a tristeza, a doença e as pequenas contrariedades da vida, em silêncio, dia após dia, e mesmo assim tirar ânimo, sabe-se lá de onde, para continuar acreditando na sorte e na felicidade? Não há dúvida de que é preciso ser forte para derrubar um exército ou arriscar a vida. Mas é preciso ser ainda mais forte para levantar da cama, disposto a tentar novamente, mesmo já tendo tentado e fracassado um milhão de vezes. Muita gente se deixa impressionar pela suposta força dos destemidos e valentões. Porém, às vezes, há mais força na paciência, na resignação e na obstinação de certas pessoas aparentemente frágeis do que em qualquer outro lugar. Quando alguém nos ofende ou desfaz de nosso valor, é normal que sintamos a necessidade de responder à altura, fazer a pessoa engolir suas palavras — mas isso a fará acreditar em nós ou nos respeitar? Absolutamente, não. Crescer e aparecer: eis a única forma de fazer alguém mudar de ideia a nossa respeito. Para isso, é preciso paciência: deixar nossos críticos e agressores falando sozinhos para, de repente, surpreendê-los — não com palavras, mas com obras. Conquistando vitórias que julgavam fora de nosso alcance. Crescendo e aparecendo, enquanto fazem pouco de nós. Quando vemos nosso sacrifício resultando inútil, nosso esforço todo jogado por terra, é natural que sintamos vontade de chorar e nos revoltar — mas isso vai mudar a realidade? Absolutamente, não. Juntar os cacos e recomeçar: eis a única forma de mudar alguma coisa. Também para isso é preciso paciência: engolir a decepção sem perder tempo com lágrimas inúteis, para voltar à carga com a mesma disposição de antes, como se nada houvesse acontecido. O desespero, muitas vezes, nasce de nossa própria ignorância: nos julgamos incapazes de suportar determinadas situações, superar momentos de aflição e tristeza, recomeçar do zero. Mas estamos enganados quando pensamos dessa forma: quem tem paciência para deixar a poeira baixar acaba, mais cedo ou mais tarde, percebendo que o bicho nunca é tão feio quanto parece. E, mais importante do que isso, que somos sempre mais fortes do que imaginamos. Embora talvez mais difícil, embora às vezes penoso, a paciência é sempre o caminho mais curto e mais certo: aquele que sabe esperar e persistir acaba sempre alcançando a vitória. Quem aprende a ser paciente sabe que não há nada melhor do que um dia depois do outro. E que a paciência pode ser amarga como o limão, mas seus frutos são doces como o mel... Pense Nisso, mas pense agora. ****** Redação do Pense Nisso. Com base no pensamento de Bertrand Rosseau

09/12/2020 08:30 | DURAÇÃO 4:17

Mulher e dedicação

MULHER E DEDICAÇÃO Em uma de suas mais famosas canções, o ex-Beatle John Lennon cantou a opressão que vitimava mulheres em todo o Mundo. Lennon foi assassinado em 1980, mas suas palavras ainda são atuais, nesses dias em que vivemos. No Brasil, na Arábia ou na Índia. Na antiguidade ou nas metrópoles de hoje. Em todas as épocas e povos, a mulher sempre teve sua posição atormentada pelas dificuldades do não reconhecimento de seu valor e de seu papel. Esforça-se, rompe barreiras, mas continua assombrada por um certo desprezo, nascido da aparente fragilidade que carrega. Em alguns locais o estigma é forte, bem visível, e oprime, fere, humilha. Em outros, a vida parece um pesadelo com a violência que assusta, com o terror que espalha. Basta ligar a TV, ou abrir jornais e revistas para ter notícias dos abusos impostos às mulheres. Vilipendiadas, desrespeitadas, caladas à força, elas prosseguem: carregam famílias, assumem tarefas, adoçam os dias com o mel que só um coração delicado pode oferecer. Mesmo nos países em que é valorizada, facilmente se percebe um certo desrespeito, um preconceito camuflado em piadas e risos irônicos. Sem falar nos salários mais baixos, nas avaliações que consideram mais o corpo que a inteligência. Ou você nunca notou? Por toda a parte em que se vai, basta abrir os olhos e ver as mulheres assinaladas pelo signo da generosidade. Por mais que trabalhem, sejam bem sucedidas, realizadas, o selo feminino é o da dedicação que não conhece limites. Quer prova disso? Observe as mães e esposas de atletas e artistas. Quem na maioria das vezes os estimula, torce, sacrifica as horas? Quem está, invariavelmente, ao lado deles, quando ninguém quer sonhar junto? Quem sempre acredita? E os filhos deficientes? Você já percebeu a presença materna ali ao lado? Onipresente, forte, protetora. Todos os estudos na área de deficiência física ou mental revelam que a figura materna, na maioria dos casos, é quem apóia o filho e vai em busca de alternativas, terapias, equipamentos, médicos. Mão estendida, voz cariciosa, presença constante. Mães, irmãs, avós, esposas, namoradas. Sempre ao lado, de mãos dadas, com brilho nos olhos e força nos braços. Tanta dedicação muitas vezes tem um preço caro demais. A mulher acostuma-se ao sacrifício o tempo inteiro. E fica invisível. Passa a fazer parte da paisagem. Ninguém lembra de agradecer, acarinhar, sorrir de volta. Mas quem disse que ela se abate? Mulher é entidade forte, cheia de graça e de poder, capaz de fazer nascer borboletas. Capaz de fazer brilhar o sol. * * * Se nos cabe reconhecer no homem o condutor da Civilização e o mordomo dos patrimônios materiais, na Terra, não podemos esquecer de identificar na mulher o anjo da esperança, ternura e amor. A missão feminina é espinhosa. Mas, efetivamente, só a mulher tem bastante poder para transformar os espinhos em flores.

08/12/2020 08:30 | DURAÇÃO 4:22

Ajudar-se a si mesmo

AJUDAR-SE A SI MESMO O mundo está cheio de gente azarada, desprezada pela sorte, para quem nada parece dar certo. São pessoas eternamente frustradas, perseguidas pelo destino, e que estão sempre precisando de ajuda. Ao nos contarem a tragédia de suas vidas, quase nos convencemos de que são mesmo criaturas esquecidas por Deus. Todos nós conhecemos alguém assim. Todos nós conhecemos ao menos uma dessas pessoas que, por serem tão sofridas, nos despertam a vontade de ajudar. E então, na primeira oportunidade que aparece, estendemos a mão. A pessoa recebe nosso auxilio com entusiasmo — mas, depois de algum tempo, por um motivo qualquer, anuncia que não vai mais poder usufruir daquele benefício: às vezes é falta de tempo, às vezes não era exatamente aquilo o que ela queria, outras vezes é uma dificuldade qualquer... O fato é que, no final das contas, nossa boa intenção resulta inútil. Depois de duas ou três experiências assim, compreendemos que é quase impossível ajudar certas pessoas: por mais que recebam apoio, elas esbarram sempre na própria falta de iniciativa. Há os que sonham ser artistas, mas jamais se aventuraram a fazer um curso de teatro, de musica. Há os que se queixam do emprego, mas não pró ativos, não saem atrás de coisa melhor — esperam talvez que alguma multinacional os procure em casa e lhes ofereça a presidência da empresa e um salário de magnata. Para justificar sua inércia, muitos tentam mascarar os verdadeiros motivos de seus fracassos: ou não são suficientemente inteligentes, ou não tem uma aparência boa o bastante, ou não tem tempo, ou não tem talento...Tudo pretexto. Ora, o mundo está cheio de pessoas vencedoras, mas que não são necessariamente inteligentes ou bonitas. O mundo está cheio de cantores de sucesso que não sabem cantar, e atores bem sucedidos que não sabem representar. Quanto ao tempo, os dias de Albert Einstein, Beethoven ou Abrahan Lincoln tinham as mesmas 24 horas...e lhes asseguro; eram bem curtos. É verdade que alguns lutam com todas as forças e, mesmo depois de muitas tentativas, não conseguem resultado. Mas também não são poucos os que se queixam da falta de riquezas que, no fundo, pouco ou nada fazem para conquistar. A verdade é que sempre haverá gente azarada, esquecida pela sorte, para quem nada parece dar certo. Pessoas que estarão sempre se queixando do destino e que, por mais que tentemos socorrer, serão sempre aquilo que são, frustradas e incapazes de realizar seus sonhos. Pessoas que passam a vida inteira pedindo a ajuda alheia, mas que, estranhamente, não se ajudam a si mesmas... Seja você um teísta ou ateu, já deve ter ouvido aquela frase: “ajuda-te que o céu te ajudara. Pense nisso ...e mãos à obra. Redação do Momento Espírita.

07/12/2020 08:30 | DURAÇÃO 3:55

Fixação mental

FIXAÇÃO MENTAL Você já teve a sensação de que não fechou a porta, não desligou o ferro elétrico, não travou o carro, não apagou a luz? Essas situações surgem, pondo em dúvida o que, há poucos minutos, tínhamos como uma certeza. Se nós nos deixamos atormentar por tais idéias, elas passam a fazer parte do nosso cotidiano, transformando-se em neuroses que, em escala maior, causam-nos prejuízos. É a chamada idéia fixa, fixação mental ou monoidéia. Nessa mesma linha de raciocínio, os sentimentos de ciúme, de inveja, o fanatismo político, religioso e esportivo, considerados os graus de intensidade, podem causar danos à nossa economia espiritual. Causados por essas idéias fixas, surgem as ansiedades, os medos, as inseguranças, as mágoas guardadas, entre outros males. Quando agasalhamos esses sentimentos em nossa intimidade, de maneira a nos deixar atormentar por eles, a tal ponto que se constituam em idéia fixa ou monoidéia, poderemos gerar desequilíbrios e perturbações de difícil remoção. Se percebermos as insinuações dessas idéias negativas tentando instalação em nossas mentes, envidemos esforços para expulsá-las imediatamente. Empreguemos a vontade firme, a iniciativa, a perseverança nos bons propósitos, a fé e a paciência, como verdadeiros antídotos para expulsar essas idéias perniciosas. A transformação moral, a ação no bem, os nobres ideais do sentimento, da arte, da cultura, são medidas eficientes na prevenção de idéias indesejáveis. Se, por vezes, nos encontramos enredados nas teias de circunstâncias perturbadoras, façamos uma análise dos pensamentos que alimentamos, pois neles estão a causa desses desequilíbrios. Portanto, manter a mente e as mãos ocupadas no trabalho nobre são medidas profiláticas, que nos fortalecem espiritualmente, predispondo-nos à libertação definitiva dessas verdadeiras prisões mentais. Busquemos arejar a nossa mente com o otimismo, com leituras edificantes, permitindo-nos ser felizes tanto quanto se pode ser feliz sobre a Terra. Que a esperança seja o nosso grande tesouro e que nosso coração possa estar sempre balsamizado por suas luzes, iluminando-nos a alma e ajudando-nos a libertar-nos, em definitivo, das prisões mentais que tanto nos infelicitam. * * * Nos momentos em que nos permitimos fixações mentais desajustadas, Espíritos infelizes podem sugerir-nos idéias maléficas, aumentando nosso desequilíbrio. Nessas situações, podem incitar-nos o orgulho, a sede de vingança, o ciúme, as fobias, entre outros males. Portanto, vigiais! A vigilância sobre os pensamentos que emitimos, a fim de que possamos controlá-los, não nos permitindo cair em sugestões infelizes. Redação do Pense Nisso, com base no artigo Fixação mental, de Orson Peter Carrara, da Revista Reformador, de setembro de 1996, ed. Feb.

05/12/2020 08:30 | DURAÇÃO 3:33